
Após quase duas semanas de intensos confrontos, Israel e Irã iniciaram um acordo de cessar-fogo que, apesar de frágil, marca uma trégua significativa em meio à crescente tensão no Oriente Médio. O entendimento foi anunciado no domingo (23) e passou a valer oficialmente a partir da manhã de segunda-feira (24).
O acordo foi mediado com apoio de atores internacionais e prevê um cessar das hostilidades em duas etapas: o Irã comprometeu-se a suspender os ataques inicialmente, e Israel seguiu com a mesma medida 12 horas depois. A trégua, no entanto, já foi parcialmente violada por ambas as partes nas primeiras horas de vigência, com trocas pontuais de mísseis — prontamente interceptados pelas defesas aéreas.
Apesar dessas violações, o cessar-fogo permanece ativo e trouxe alívio imediato para a comunidade internacional. A reação nos mercados foi imediata: o petróleo e o ouro recuaram, enquanto bolsas globais reagiram positivamente.
A iniciativa ocorre após uma escalada que teve início com ataques israelenses a instalações estratégicas iranianas, seguidos de ofensivas do Irã e de seus aliados regionais. O conflito gerou forte preocupação internacional devido ao risco de uma guerra regional em larga escala.
Embora o governo dos Estados Unidos, representado pelo ex-presidente Donald Trump, tenha confirmado a trégua, o governo iraniano evitou declarar formalmente o acordo, afirmando que só manteria a suspensão das ofensivas caso Israel cessasse completamente seus ataques até um prazo estabelecido.
Organizações como a ONU, União Europeia e países como França e Alemanha elogiaram a trégua, mas alertaram para a necessidade de negociações diplomáticas mais amplas, especialmente em relação ao programa nuclear iraniano, considerado um dos principais pontos de tensão entre os dois países.
O cessar-fogo é considerado um passo importante, mas analistas destacam que a estabilidade na região dependerá da manutenção do diálogo e da disposição de ambas as partes em evitar novos confrontos.